Do grego, “hexa” (seis) + “hemera” (dia), exprime a “obra dos seis dias”, isto é, o conjunto dos acontecimentos relatados pelo primeiro capítulo do Gênesis, onde Deus tirou toda a Criação do nada “em seis dias”. As opiniões teológicas divergem sobre o sentido literal destes “dias”: talvez sejam épocas, períodos, ou simplesmente etapas na Criação, embora Santo Agostinho fosse da tese (recuperada depois por outros, entre os quais São Tomás) que toda a Obra da Criação tenha se dado num único evento. É mais provável que a expressão “seis dias” seja apenas uma imagem que torne a Obra da Criação mais ao alcance da compreensão da mente humana. Mas, em todo caso, a expressão “hexameron” ficou, e continua amplamente utilizada, para referir-se ao processo da Criação.