Ser “próvido” é ser generoso. Se todas as perfeições têm em Deus, não apenas sua máxima perfeição, mas sua própria essência, concluímos ser Deus o mais generoso dos seres, a própria generosidade. Ora, esta generosidade sua não consiste apenas em conferir a existência aos seres, nem apenas de lhas conservar, mas também de orientá-los e guiá-los até a sua máxima perfeição. Nos seres dotados de inteligência e vontade, isto significa também infundir-lhes a santidade, o maior grau de semelhança possível com Ele; mas a eficácia desta ação será frequentemente coactada pelas limitações impostas pela deficiência de adesão do livre arbítrio da própria criatura, que Deus não viola nunca. Esta relação de amor e generosidade de Deus para com suas criaturas é o que São Tomás chama de “Providência Divina”, e é o modo de Deus governar o universo que Ele mesmo criou.