O termo “saduceu” vem do latim “Sadducaei” – oriundo ele mesmo do hebraico talmúdico “Tsadoukim” – e parece proceder do nome de Sadoc, um sumo sacerdote da época de Davi e Salomão, hierarca da dinastia dos sumos sacerdotes. Os saduceus eram recrutados essencialmente entre a aristocracia sacerdotal, porquanto constituíam a estirpe sacerdotal dominante, com opiniões políticas bem definidas. Eles estavam em total oposição com os fariseus, por rejeitarem a tradição oral (a interpretação da Torah feita pelos fariseus), e mais exatamente do consequente Talmud. Esta hostilidade começou na época dos Macabeus: as influências gregas ganhavam importância entre os judeus das classes mais altas (helenizantes) que, absorvendo costumes e modificando tradições, prejudicavam a pureza da prática da religião judaica; isto provocou uma reação radical da parte daqueles outros judeus (ortodoxos) que queriam manter o culto mosaico intocado. Assim, as divergências entre saduceus e fariseus, mais do que apenas dogmáticas, foram também jurídicas e rituais. Segundo nos relata a Bíblia, os principais pontos da doutrina judaica tradicional que os saduceus negavam eram a ressurreição dos mortos, a vida eterna e a existência dos anjos. Isto foi inclusive objeto de discussão deles com Nosso Senhor Jesus Cristo. Com a queda de Jerusalém, os saduceus ficaram extintos.