Do grego, “anthropos” (homem), refere-se ao sistema de pensamento que visa colocar o homem como valor absoluto no centro de tudo, e a analisar todo o resto em função do homem. Neste sentido, as coisas serão consideradas boas ou más dependendo de sua serventia em relação à humanidade, independentemente do bem ou mal que possam representar em outros âmbitos. Assim, o antropocentrismo é frequentemente colocado em contraposição com o teocentrismo, o sistema de pensamento que, colocando a Deus no centro de tudo, analisa as coisas em função de Deus. Pode-se alegar contudo a existência de uma forma mitigada de antropocentrismo, que considera as coisas materiais como existindo em função do homem, e este existe por sua vez em função de Deus. Na realidade, seria um jogo de palavras, pois se trataria propriamente então de uma forma mais prolixa de teocentrismo, e não é esta a forma corrente como se apresenta o antropocentrismo autêntico. Este, proporcional ao retrocesso gradual da religião, tem ganhado cada vez mais força, no Ocidente, juntamente com o racionalismo, e mais recentemente, o relativismo existencialista.