OS ANJOS NO GOVERNO DA CRIAÇÃO – 3ª PARTE
Este é a última conferência do segundo bloco, onde vemos como e porque os anjos governam os homens, dentro do lindo plano de Deus. E veremos como isto estabelece maravilhosas e misteriosas relações entre os anjos e os homens que são guiados por eles.
5) Os anjos governam os homens
A atuação dos anjos sobre os homens é maior do que sobre os seres inferiores porque:
a. quanto maior a natureza, mais perfeita a comunicação
b. em razão da finalidade do homem (glória extrínseca formal), que por ser mais perfeita, exige também maior ação da causa
c. em razão da irreversibilidade do destino eterno, que se define nesta vida, criando maior necessidade de proteção
Este papel dos anjos é conhecido como “custódia” dos homens, que se estende a indivíduos, grupos, instituições, conjuntos e nações.
Já muito presente no Antigo Testamento, o papel dos anjos se requinta no Novo Testamento, especificamente nos acontecimentos fundantes da Igreja.
6) A Cidade de Deus
Os anjos em os homens formam, segundo Santo Agostinho, um só conjunto de ordem mística, natural, metafísico e sobrenatural.
A ação que a Igreja atribui aos anjos (“ajuda”, “associação”, “assistência”) caracteriza bem uma vida em sociedade, cujo auge é a liturgia.
Para Santo Agostinho, anjos bons e homens bons formam uma mesma Cidade de Deus, enquanto os anjos maus e os homens maus formam outra.
Assim, os anjos são também nosso próximo, e assim os devemos amar por exigência evangélica; na terra, formamos com eles uma única sociedade; no céu, seremos parte de uma única hierarquia.
