• Sob a proteção dos Anjos – 5ª conferência

    Posted on janeiro 9, 2014 by in Vídeos


    OS ANJOS NO GOVERNO DA CRIAÇÃO – 1ª PARTE
    Este é o segundo bloco (que corresponde ao segundo dia de curso), onde aplicamos o que foi estudado no dia anterior; depois de ter visto “o que são” os anjos, procuramos sabem “o que fazem”: auxiliar a Deus no governo da criação; aqui, estudaremos como Deus governa a criação, e em que consiste este governo.
    1) A Providência Divina
    Há necessidade de equilíbrio, no Universo, entre a multiplicidade das leis, e a perfeição da unidade; há, portante, necessidade de um governo.
    Na “Providência Divina” distingue-se: a razão de ordem, ou plano, como prolongamento da Sabedoria Divina; e a realização ou ordenação, que é o governo de todas as coisas rumo a seu fim próprio.
    Com efeito, é próprio da bondade, não apenas dar o ser, mas também levar ao auge todas as coisas; e da ordem da criação, deduz-se uma inteligência ordenativa, que é Deus.
    2) A atuação direta de Deus
    Deus criou tudo; nada de quanto foi feito existiria sem Ele. Mas Ele também aperfeiçoa os seres que criou. Assim, criação e aperfeiçoamento são ambos efeitos de uma mesma causa.
    Deus, único criador, também governa tudo, de modo que nada escapa à sua ciência e vontade, e disto nos fala Jesus Cristo várias vezes no Evangelho (exemplo: cabelo, lírios, pardais).
    A dependência dos seres em relação a Deus é também de conservação: sem sustentação constante e direta por parte de Deus, todo ser voltava ao nada.
    Deus pode portanto absolutamente tudo com todos, sem ou além das causas segundas: os seres criados tem pois para com Deus uma dependência essencial, total e constante.
    3) A atuação de Deus mediante causas segundas
    O uso que Deus faz das causas “segundas” restabelece o necessário equilíbrio entre o determinismo e o naturalismo.
    Os deterministas negam que algo possa agir por si, porque é Deus quem agiria em tudo (por exemplo, o fogo não queimaria, mas seria Deus quem aquecesse diretamente).
    Os naturalistas negam que Deus possa tudo, porque precisaria realmente do homem (por exemplo, Deus não poderia fazer um barco avançar se o homem não remasse).
    Para São Tomás, existe a Causa Primeira, que é Deus, mas também existem autênticas causas segundas, pois Deus opera nas coisas de maneira suficiente, sem com isso tornar supérflua a operação dos agentes segundos.


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